O paraibano Damião Galdino da Silva era um motorista do Senado Federal que tinha um jumento chamado Jericar. Ele havia equipado o animal com peças de um Fusca (buzina, faróis, pisca-pisca, velocímetro) e passou a circular pela capital. Virou uma figura folclórica pela cidade.
Em 1980, quando o Papa João Paulo II visitou Brasília, Damião tanto insistiu que conseguiu um encontro com o religioso para dar a ele Jericar de presente. A felicidade inicial deu lugar à frustração quando o Papa foi embora sem levar o jumento. O paraibano, então, começou a fazer protestos para chamar a atenção sobre o fato. Ele acorrentou-se à Torre de TV, escalou o mastro da bandeira da Praça dos Três Poderes e até subiu a rampa do Palácio do Planalto com o jegue. Damião chegou a viajar até o Vaticano e fazer greve de fome na Praça São Pedro para chamar a atenção do Papa.

No fim das contas, as manifestações deram certo. Em 1982, a CNBB embarcou Jericar em um navio até a Itália para encontrar o João Paulo II. Mas algo deu errado e o animal morreu no meio do caminho, ninguém sabe exatamente como.

Anos depois, Damião se aposentou e foi morar na Paraíba, onde se candidatou a diversos cargos públicos, tendo perdido todas as eleições. Ele morreu em 2006, aos 67 anos, assassinado com três tiros na cabeça. A investigação da polícia revelou que o crime fora encomendado por uma amante, inconformada com o fim do relacionamento.
Damião do Jegue ficou tão famoso no Brasil que foi a inspiração da música “O Papa e o Jegue”, de Luiz Gonzaga.
fui amiga da filha dele.gostaria de saber com está você? deve estar com um grande sorriso!, só via você assim. um beijo Kelly.
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