O jegue pintado de zebra

O brasileiro sempre usou a criatividade para sobreviver no mercado de trabalho informal. Um dos exemplos mais emblemáticos no Distrito Federal é o do Manoel Pereira dos Santos, um baiano morador de Ceilândia que fez a alegria de muitos pais e filhos nos anos 80 e 90.

Com um jegue pintado de zebra, Manoel percorreu praticamente todas as cidades do DF se oferecendo para tirar fotos das crianças montadas no animal. Para isso, ele usava uma Polaroid e vendia cada registro por NCz$ 5 (valores de 1989), o equivalente a cerca de R$ 60 atuais. O negócio só chegou ao fim quando o jegue morreu.

Muitas pessoas guardam com carinho as fotos até hoje, retratos de uma época mais inocente e com bem menos possibilidades fotográficas.

Trecho de uma matéria publicada no Correio Braziliense em 1989
Sabrina Carvalho, ao lado de sua mãe e irmã, na 410 Sul, 1987
André Estevão em Ceilândia, 1985
Rafael Nunes em Taguatinga, 1987
Ronilson Reis em Ceilândia, 1989
Paulo Mello na 406 Norte, 1990
Leidyana em Ceilândia, 1992
Maria Paula Torres na 307 Sul, 1987
Fabrício Mendes no Gama, 1988

12 comentários em “O jegue pintado de zebra

  1. Eu também tenho . Tirei quando tinha uns 4 anos na Ceilândia Qnn 10 conjunto g , Guariroba. Foi muito divertido. Parabéns ao jegue e o seu dono.

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  2. que legal eu tbm tenho foto do meu primeiro filho nesse juzebra foi tirada em 89 inclusive foi idéia do meu irmão que hoje para minha tristeza ja é falecido guardo ela com muito carinho e respeito afinal além de ser uma recordação tive como mostrar pro meu filho o quanto o tio dele o amava parabéns ao dono do jegue uma ideia muito bacana tirar essas fotos naquela época

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  3. Eu acho que tá explicado a falta de sorte que eu tive na vida zebra da azar mas eu era criança nos anos 80 a culpa foi do fotógrafo que tirou a sorte de muitas crianças .e das mães que inocentemente acha que uma simples coisa não influencia no futuro . Isso fica gravado no inconsciente e não sei o que fazer pra tirar .é só um jegue pintado de zebra mas no inconsciente não vê isso ele vê uma zebra . Deus me perdoa .
    A cultura da época era coisa do cramunhão kkkkk mas o fotógrafo só queria ganhar a vida honestamente . Então foi difícil aquela época . Se eu pudesse voltar atrás eu nunca tiraria um retrato em cima de uma zebra . Acho que isso é uma bobagem que me traumatizou talvez nem todas as crianças mas pra mim eu não quero me lembrar disso

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