Uma capital feita para os carros que também virou nome de carro. Brasília faz parte dessa história que começou no início da década de 70, quando o presidente da Volkswagen do Brasil, Rudolph Leiding, pediu para sua equipe de engenheiros criar um automóvel que sucedesse o Fusca, o grande sucesso da montadora na época. O novo carro teria a mesma plataforma do Fusquinha, porém, com mais espaço.

Então, em 1973, foi lançado o VW Brasília, com o nome escolhido em homenagem à cidade modernista inaugurada 13 anos antes. Nada mais justo para um carro sonhado e executado em território nacional.
E aquele novo veículo chamou a atenção pelas linhas modernas e ampla visão periférica que seus vidros proporcionavam. E tinha uma característica inusitada que era uma terceira porta, artimanha do fabricante para classificá-lo como perua e, assim, pagar menos impostos. Mas, no fim das contas, o Brasília era um automóvel hatchback como o seu grande concorrente, o GM Chevette, lançado no mesmo ano.

Com o passar do tempo, o Brasília foi ganhando modificações no design, na parte mecânica e até no número de portas, que chegou a cinco. E atingiu o auge com sua versão LS 1979/1980, que foi o carro mais vendido do Brasil naquele período.

Porém, em 1982, a Volkswagen decidiu encerrar a fabricação do Brasília devido à grande disputa de mercado do VW Gol, do Fiat 147 e do GM Chevette. Mas o automóvel continuou na memória afetiva de muitos brasileiros, conquistando uma legião de fãs. E a Brasília amarela foi imortalizada e virou um ícone com a música “Pelados em Santos” do grupo Mamonas Assassinas, lançada em 1995 e cantada até hoje.