O assassinato de Mário Eugênio

No dia 11 de novembro de 1984, o jornalista Mário Eugênio Rafael de Oliveira, conhecido como Gogó das Sete, foi assassinado com sete tiros na cabeça quando saía da Rádio Planalto, no Setor de Rádio e Televisão Sul. Ele tinha 31 anos.

Mário Eugênio, o Gogó das Sete, era o jornalista mais famoso de Brasília

Mário Eugênio, além de uma coluna no Correio Braziliense, apresentava o programa policial de rádio mais popular da época e foi morto após denunciar a atuação de um esquadrão da morte envolvendo o alto escalão da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal.

O jornalista foi morto com sete tiros na cabeça

Os tiros foram disparados pelo policial civil Divino José de Matos, o Divino 45, que usou uma espingarda calibre 12 e um revólver Magnum calibre 38 na execução. Dando cobertura à ação, estavam os agentes Iracildo José de Oliveira e Moacir Loiola, além dos cabos David do Couto, Aurelino Silvino e do sargento Antônio Nazareno, todos do Exército. Os seis foram indiciados pelo assassinato meses depois. Como mandantes do crime, o inquérito apontou o então secretário de Segurança Pública do DF, Lauro Rieth, e o delegado Ary Sardella, coordenador da Polícia Especializada.

O crime causou comoção no Brasil inteiro e tomou conta dos principais meios de comunicação durante muito tempo. Vários jornalistas de Brasília ajudaram nas investigações, inclusive. Um dos repórteres policiais mais famosos do Brasil veio até a capital especialmente para esse caso: Octávio Ribeiro, conhecido como Pena Branca por ter uma mecha branca no cabelo escuro.

Capa do Correio Braziliense no dia seguinte ao crime

E o que aconteceu com os acusados nos processos judiciais que se seguiram pelos anos seguintes? 

As denúncias contra Rieth e Sardella foram arquivadas por falta de provas. O policial Moacir Loiola morreu em 1985, logo após seu depoimento sobre o caso, em um misterioso suicídio. Os militares David, Aurelino e Antônio Nazareno receberam penas mínimas e foram soltos. O agente Iracildo morreu em 1999, depois de cumprir parte dos 11 anos de reclusão a que fora condenado.

Divino 45, o autor dos disparos, foi condenado a 14 anos de prisão em 1994. Mas não foi preso, já que seus advogados impetraram sucessivos recursos até 2001, quando o STJ determinou sua imediata reclusão. Mas Divino fugiu antes de ser detido pela polícia, passando dois anos foragido. Foi recapturado em 2003. Atualmente, ele está em liberdade.

Matéria do Correio Braziliense sobre a prisão de Divino 45 em 2003

Até hoje, o bordão do Gogó das Sete é lembrado: “Aqui a notícia é do tamanho da verdade, doa a quem doer”. 

12 comentários em “O assassinato de Mário Eugênio

  1. O Brasil é dominado pelo poder podre mesmo nunca muda o auto escalão o qual foi o mandante desse crime ta firme e forte pra provar que quem manda são os corruptos lamentável vlw ABS

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  2. Mario Eugênio foi um grande radialista, pena que teve uma morte desta maneira e ainda mais triste é que os envolvidos na sua morte não foram punidos como deveriam ser punidos.

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  3. Naquele tempo tinha um militar que cuidava da comunicação interna do setor que atuava o sargento Nazareno Mortari ,dentro do PIC na PE,ele quem recebia todas as comunicações , o codinome dele era BATI FINO ,foi ele quem por exemplo recebeu do Ten Avelino chefe do PIC a comunicação do roubo do Passat do Tenente,com certeza a única pessoa que sabe todos os detalhes desta historia porque trabalhava diretamente com o pessoal que matou Mario Eugenio, faz um tempo tentei falar com ele para ver a possibilidade de saber mais mas ele foi muito direto o que passou passou ,falei com ele no email ondaverde@folha.com.br mas conversei com outras pessoas daquele tempo que estavam servindo dentro do Pic todos foram muito objetivos dizendo que a pessoa que tinha todo o conhecimento era o BATI FINO , porque era a pessoa de confiança para receber transmitir informações de dentro do setor GIC grupo de investigação criminal do PIC . Naquele tempo a comunicação era feita via telefone fixo ou radio comunicador tudo quem recebia era o BATI FINO ai distribuia as informações para o Tenente Avelino ,Para o Sargento Nazareno ,Para o Cabo Couto entre outros ,atualmente existe um comentário que o Bati Fino trabalha para o serviço de inteligência de Israel mas residindo no Brasil

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    1. Antonio Nazareno Vieira Mortare Já era formado em duas faculdades quando estava no exercito e se formou em mais uma após sua prisão no caso em questão, foi em enfermagem e até a pouco tempo dava aulas na FIPLAC no gama -DF. Ele não era RO- Radio operador. qualquer um que estivesse de plantão no dia que que respondia as mensagens e retransmitia ao então CMT do PIC Ten, Avelino.
      Esse História de que ele trabalha para o serviço de inteligência de Israel e só mais uma invenção, assim como muitas outras histórias que imputaram a ele sem ser verdade.
      SGT:. Nazareno era era o CMT do GIC, por isso todas as informações era repassada par ele porque era quem dava andamento as investigações.

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      1. Antonio veras vc não entendeu nada ,naquele tempo dentro do GIC tinha o Nazareno o couto o Edson o Perkoki O Aurelino que por sinal casou com a irmã do Couto entre outros o comandante do Pic era o Tenente Avelino ,por sinal o Temente Avelino reside atualmente em Foz do Iguaçu ,eu não falei que o Nazareno era Rádio operador do PIC eu falei que um militar de codinome Bati Fino era o Rádio operador ele mais o Soldado Brasil, este militar de codinome Bati fino que operava o rádio do pic era quem atendia telefone tbm o rádio ,na noite por exemplo do roubo do passat preto do Avelino foi ele quem informou o Nazareno que o passat tinha sumido ,este Bati fino recebia toda informação de telefone rádio onde repassava para o Avelino tbm para o Nazareno,eu falei que existe uma conversa que o Bati fino dps que saiu do exercito foi para Israel dps retornou para o Brasil onde pertence como agente do serviço de inteligência de Israel ,por sinal uma vez o Nazareno esteve hospedado em Caldas Novas onde estava hospedado o ex militar da PE de Codinome bati fino ,eu estive com o Bati Fino por 4 vezes nos últimos anos ,o Bati fino era da CCSV do pelotão de comunicação que era comandado pelo sargento Brandão ,este militar que recebeu o codinome Bati fino foi trabalhar no pic Dentro da Sala do Gic por sinal a mesa dele ficava do lado da mesa do cabo Couto ,ele fez muita amizade com o Couto tanto que muitas vezes foi até Formosa com o Cabo Couto, lei meu comentário anterior que vc vai ver que você misturou as coisas ,a conclusão o Bati Fino tinha toda informação que chegava ou que era transmitida pelo pessoal da sala do Nazareno sem contar que durante a noite para ocupar o tempo dentro da sala pessoal do Nazareno tinha arquivos em gavetas de ferro abertas onde o Bati Fino gostava de ler, O Bati fino inclusive era quem consertava a matraca de choque que era usada no pic ,vc pode até conhecer o funcionamento do GiC mas o militar que era chamado de Bati Fino tinha informações de tudo pois ele que fazia a ponte de comunicação ali dentro .Outro detalhe na noite do roubo do passat preto do tenente Avelino o Nazareno estava justamente na faculdade,O Bati fino inclusive andava na CB400 preta do Avelino ,Um dos maiores amigos do Avelino nos últimos anos trata do Ex Sargento Berlanda que a ultima informação que tive residia administrando uma fazenda no Paraguay ou Uruguai ,encontrei tbm uma vez o Perkoski no Sul ,outro detalhe eu servi tbm no PE na CCSV daquele tempo ,sou amigo até hoje de inúmeros militares daquele tempo em especial os mineiros tbm os do sul .Mas garanto para vc que o Bati Fino que prefiro não dizer qual era o nome de Guerra dele conhece detalhes deste caso que por sinal faz tanto tempo que já não resolve mais nada,O Bati Fino inclusive ia muito com o Couto na delegacia onde atuava o Divino 45 .As vezes até mesmo vc sabe vc lembra da historia do chevett que foi pintado em um final de semana, outra coisa a ação na casa do dono da chácara Bati fino soube antes mesmo do resto dos cabos do GIC ,Abraços

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  4. Antonio Veras ,outro detalhe por anos o O jornalista Gilberto Dimenstein ,já falecido tentou com o Bati fino a historia completa,o O jornalista Gilberto Dimenstein ,tinha 100% de certeza que o arquivo chamado Bati Fino era dono de toda a historia mas o Bati Fino prometeu uma vez para o Couto jamais revelar o que ele sabe,deve ter uns 3 anos o Bati fino foi procurado por um cidadão de Brasília que escreveu um livro tentando saber mais do caso todo,,O email que informei ondaverde@folha.com.br até hoje o Bati fino usa segundo a ultima vez que falei com ele pessoalmente ele falou que recebi muito email de pessoas querendo saber da historia,Outro detalhe quando ele deu baixa da PE levou de recordação um diploma do GIC assinado por todos os membros do GIC,O jornalista Gilberto Dimenstein uma vez conseguiu uma copia onde ele foi verificar as assinaturas onde verificou que todas as assinaturas são reais inclusive em cartórios daquela época.Mas pode ficar despreocupado em todos estes anos o Bati fino falou para minha pessoa que nunca ia revelar detalhes por respeito a pessoa do Couto .

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  5. Faltou indiciar o Lula,( não politico), ex policial, que sua mãe morava na guaritoba, Ceilândia, eu criança sabia dessa história, mal contada… Brasília e cheia de podres, “Ana Lidia”E outra história…Sei de muita coisa, mas hj não adianta mais nada!!!

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